ACORDO PREVÊ COMPENSAÇÃO DE PERDAS COM FGTS
Fonte: Valor on line 11/04/2006
A Caixa Econômica Federal (CEF) e a Central Única dos
Trabalhadores (CUT) assinaram um acordo para ressarcir os trabalhadores das
perdas causadas no Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) pelos Planos
Verão e Collor 1. Serão beneficiados por esse acordo os trabalhadores das
categorias dos sindicatos filiados à CUT. A correção das perdas inflacionária
será de 16,64% para o Plano Verão e de 44,8% para o Collor 1. Sobre o saldo do
fundo daquela época corrigido por esses percentuais, haverá ainda o pagamento da
Taxa Referencial (TR) e juros de 3% ao ano, desde março de 1993 até agora. A
reposição das perdas será integral e paga em um só parcela.
O acordo abrange os trabalhadores do Estado de São Paulo e do Mato Grosso do
Sul, que estão sob jurisdição do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Na
segunda-feira, 51 sindicatos assinaram o acordo. No entanto, nem a Caixa nem a
CUT fazem projeções sobre quantas pessoas serão beneficiadas por ele e nem
quanto o banco terá de desembolsar com esses pagamentos.
Em 2001 foi fechado um acordo para cerca de 32,1 milhões de trabalhadores.
Segundo a Caixa, porém, cerca de 6 milhões de pessoas ainda têm direito às
reposições. Os sindicatos não sabem precisar quantas pessoas irão aceitar esse
acordo. O trabalhador que quiser além da reposição pagamento de honorários com
advogados e juros de mora, por exemplo, poderá continuar com sua ação
individual.
O acordo só vale para os trabalhadores que não fizeram acordo em 2001. "Mas
aqueles que receberam a diferença de apenas um dos dois planos poderão receber
agora o restante, diz o gerente regional do FGTS da CEF de São Paulo", Gildásio
Freitas da Silva.
"É um bom acordo, uma forma de antecipar o pagamento aos trabalhadores", disse
Edílson de Paula, presidente da CUT- São Paulo. Infelizmente a conquista não é
global, pois houve quem aceitasse o acordo fechado no governo do Fernando
Henrique Cardoso. Naquela ocasião, a CUT foi a única central que não aderiu à
proposta.
A intenção da CUT atualmente é estender a validade do acordo não só para seus
filiados, mas também para toda pessoa que tenha trabalhado em 1989 e 1990 com
carteira assinada e depósitos no FGTS. O gerente da Caixa lembra que os
trabalhadores que não pertencem a sindicatos filiados à CUT, mas que tenham
movido ação cível pública junto com o Ministério Público Federal terão direito
ao acordo. Essas pessoas devem procurar o sindicato da categoria, que deverá
entrar em contato com a Caixa.
Os interessados em fazer o acordo filiados à CUT devem procurar o sindicato da
categoria a qual percentual nos anos de 1989 e 1990. Será necessário apresentar
carteira de trabalho, CPF e PIS. O primeiro lote de pagamentos deverá sair
dentro de dois meses. É o tempo para que os sindicatos enviem a documentação e a
CEF responda se o trabalhador tem ou não direito ao pagamento e de quanto ele
será. A expectativa é de que a cada lote liberado sejam beneficiadas mil
pessoas. A Caixa não irá atender os trabalhadores. O atendimento será feito nos
sindicatos.
Este não é um acordo inédito. A Caixa Econômica já fez outros nos mesmos moldes
com os desenhistas, metroviários e bancários de São Paulo. No final do ano
passado, a Justiça Federal determinou que a Caixa pagasse aos metalúrgicos de
São Paulo, filiados à Força Sindical, as perdas causadas pelo Plano Collor 1.
Esses metalúrgicos conseguiram além da inflação, da TR e dos juros de 3% ao ano,
juros de mora de 0,5% ao mês.
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