IMPOSTO SINDICAL TERÁ EXTINÇÃO GRADATIVA
Brasília(23/01/2004) - Os integrantes
do Fórum Nacional do Trabalho decidiram acabar com o
imposto sindical cobrado dos trabalhadores. Mas os representantes das
confederações patronais ainda persistem na manutenção da cobrança do
tributo dos empresários para o financiamento das suas estruturas sindicais.
Na última reunião do Grupo Temático que trata da Organização Sindical,
realizada nesta semana, trabalhadores e governo acordaram que a extinção
da contribuição compulsória se dará no período de três anos a contar da
data da promulgação da nova lei. Já com os empregadores a negociação
ficou em aberto e será concluída nas reuniões da Comissão de Sistematização
do FNT, agendadas para os dias 28 e 29/02 e 03, 04 e 05/02.
As bancadas do governo e dos trabalhadores também fizeram acordo sobre a
extinção de outras taxas que existem atualmente: as contribuições
assistencial e confederativa. Para assegurar a sustentação financeira da
estrutura sindical, será instituída a taxa negocial. Ela deverá ser
aprovada em assembléia-geral pelos trabalhadores e só poderá ser cobrada
pelos sindicatos que participarem do processo de negociação
coletiva. O percentual dessa contribuição vai ser acertado na Comissão de
Sistematização do FNT. A negociação caminha para o consenso em torno da
cobrança de no máximo 12% do salário de um mês, uma vez por ano. A assembléia
também poderá decidir se o pagamento da taxa será parcelado.
A estrutura sindical dos trabalhadores também passará por mudanças. As
centrais sindicais serão as instâncias máximas da nova estrutura sindical
dos trabalhadores. Os sindicalistas optaram por um
sistema de liberdade e autonomia sindical que prevê a aferição da
representatividade das instituições. Haverá um período de transição e os
atuais sindicatos poderão manter o sistema de representação exclusiva,
desde que se adequem à novas regras. “O trabalhador vai ter a opção de
escolher se quer ser representado por um sindicato de categoria ou por um
sindicato do setor que ele atua”, explicou Arthur Henrique, coordenador da
bancada dos trabalhadores.
Os empregadores, no entanto, resistem a mudanças. O único avanço
permitido pelas confederações patronais até agora foi a possibilidade de
suas instituições terem a representatividade aferida, mas não aceitam a
liberdade sindical. Os representantes dos empregadores preferem também,
manter a atual estrutura confederativa.
Fonte: site do MTB.
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