APRENDA COMO FAZER UM CURRÍCULO PROFISSIONAL
Fonte: DCI - Laerte Cordeiro 16.09.2005
Especialista enumera 20 aspectos importantes para a feitura de um currículo profissional, que dê ao leitor as informações de que precisa para uma análise preliminar do candidato e para desenvolver um processo de seleção eficaz.
São Paulo/SP - Embora existam manuais nas bancas de jornais,
livros escritos, páginas nos sites de empregos e muitas palestras e seminários
sobre o assunto, o tema continua importante e, em nossa atividade de consultores
de outplacement e recolocação profissional, ainda lidamos com uma gama muito
grande de currículos que fazem mais mal do que bem aos seus autores
bem-intencionados. Entendemos, assim, que é nosso papel orientá-lo quanto ao
modelo de currículo que achamos que pode facilitar sua recolocação e seu
objetivo de carreira.
1. O currículo deverá ser apresentado em papel branco, tamanho A-4. Não se usa
mais os papéis coloridos para diferenciar currículos na pilha do leitor.
2. Será desejável que a digitação se faça utilizando um tipo de letra comercial
e num tamanho fácil de ser visualizado.
3. O currículo deverá ser revisto, depois de elaborado, para verificação de
eventuais erros de português.
4. Evitar o excesso de criatividade na formatação do currículo, esquecendo as
caixas, grifos, asteriscos e setinhas.
5. Um currículo de duas páginas é o que se usa hoje em dia. Uma é pouco, três é
demais.
6. É preciso lembrar que um currículo é apenas um cartão de visita ampliado que
serve como um “abre-portas”, induzindo o leitor a querer saber mais.
7. Nossa opinião é de que um currículo deva ser sempre escrito na terceira
pessoa e não na primeira como querem alguns; é como se fosse um folheto
promocional do candidato.
8. Currículo não se data, para que não obsoleça num arquivo; não se assina, pois
não é uma correspondência; e não se faz averbações à margem do mesmo para não
alterar a sua limpeza e ordem ou para não se complicar o entendimento do
conteúdo.
9. O currículo pode ser enviado em um envelope ofício, dobrado em 3 partes.
10. O currículo não deve conter informações sobre a pretensão salarial do
candidato. Tal informação deve ser discutida ao longo do processo de seleção, em
entrevista pessoal e, se possível, do meio para frente no processo.
11. Não é preciso colocar o currículo em pastas de plástico de qualquer gênero.
12. É inadequado e pouco eficiente para o candidato colocar, entre as
informações oferecidas no currículo, as razões de saída dos empregos anteriores.
13. Todo mundo já sabe, mas é bom repetir, que um currículo não deve incluir os
nomes de papai e mamãe, os números da carteira profissional, RG, do CPF e de
outros tantos documentos. Se a empresa interessada precisar dessas informações
irá pedir na hora certa.
14. A mesma coisa é verdade, em geral, com relação a referências: não se deve
colocá-las no corpo do currículo. Se a empresa quiser e quando quiser, pedirá.
Nem mesmo a velha frase, muito usada no passado, “referências serão apresentadas
quando solicitadas” deve ser utilizada, uma vez que não é de se esperar que um
candidato se negue a oferecê-las.
15. Um currículo não leva anexos. Se antigamente era comum juntar cópias de
certificados de cursos, cartas de recomendação, artigos publicados, recortes de
jornais e até textos de projetos desenvolvidos, hoje em dia nada disso se
adiciona ao currículo.
16. A estrutura de um currículo deve apresentar partes complementares; iniciar
com cabeçalho que informe nome completo do candidato, endereço de residência,
telefones (fixo e celular), número do fax e e-mail.
17. Depois prosseguir, informando a sua área preferencial de atuação,
facilitando a identificação, a classificação e o arquivamento do currículo.
18. Em seguida, descrever claramente qual o seu objetivo atual de carreira no
momento em que o currículo foi elaborado. Qual a posição ou posições
alternativas buscadas, em empresas de que setor empresarial, de que porte e
nacionalidade e qual a contribuição que você tem condições e pretende oferecer
em sua atuação profissional.
19. Continuar, informando as principais qualificações técnico-profissionais que
você tem para oferecer, tiradas de suas experiências, vivências e formação. Ou
seja, os seus conhecimentos técnicos, competências, capacidades e
relacionamentos.
20. Adicionar, na seqüência, o seu perfil básico, compreendendo sua formação,
cursos de aperfeiçoamento, domínio de idiomas estrangeiros, utilização da
informática, viagens ao exterior, participação associativa profissional, atuação
em palestras, congressos e simpósios, artigos e obras publicadas, hobbies e
passatempos e, finalmente, os seus dados pessoais, incluindo nacionalidade,
naturalidade, estado civil, filhos e mês e ano de nascimento. Não esconda este
último dado mesmo que sua idade seja mais avançada; o leitor avisado vai saber
que se o candidato não mencionou a idade é porque tem problemas aí, e mesmo que
o truque passe, o que é que vai acontecer quando se chega para uma entrevista e
se percebe a surpresa e o desagrado do entrevistador ao se defrontar com nossos
cabelos brancos?
Um bom currículo é aquele que dá, ao leitor, as informações de que precisa para uma análise preliminar do candidato e para desenvolver um processo de seleção eficaz. Como já é sabido pela maioria, um bom currículo não garante um emprego para ninguém; todavia, um mau currículo pode fazer com que se perca uma boa oportunidade.
O autor é diretor e consultor titular da Laerte Cordeiro Consultoria em Recursos Humanos
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