Guia Trabalhista


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CUIDADO COM A "ZONA DE CONFORTO" - VOCÊ PODE ESTAR PRESO SEM SE DAR CONTA


Sergio Ferreira Pantaleão


Dada a condição econômica da grande maioria dos brasileiros e da falta de perspectiva que muitos enfrentaram durante a infância e adolescência, conseguir terminar uma faculdade e ter uma renda considerada razoável hodiernamente que possibilite adquirir sua casa própria, pagar os estudos dos filhos e viajar anualmente nas férias com a família seria algo para se afirmar "sou bem sucedido e isso me basta".


Isto pode levar a concluir que os sonhos foram alcançados e que ficar na "zona de conforto" mantendo os mesmos locais de programas semanais, vendo as mesmas pessoas, onde tudo é previsível e cada passo possa ser dimensionado, é tudo que se deseja preservar.


Quando qualquer situação adversa se apresenta frente a esta realidade criada, tem-se a sensação de que tudo ficou fora de controle, momento que exige maior dedicação, maior esforço e atenção para superar as adversidades, o que traz amadurecimento, experiência em lidar com situações imprevisíveis, superação e crescimento como ser humano.


Se estas reviravoltas não acontecem, inconscientemente você se torna "preso", limitado a uma ideia de que já chegou ao seu limite e que tudo o que se poderia fazer, parece já ter sido feito, sem saber que ainda há um gigante adormecido que precisa ser despertado. 
 

Muitas vezes este despertar só acontece a partir de um novo desafio, quando uma nova e desconhecida realidade lhe é apresentada e a única saída, é enfrentar e superar o obstáculo ou definhar-se por desconhecer a própria força.


Para reforçar esta ideia, importante mencionar aqui um pequeno trecho de um livro que traz a seguinte reflexão:

 

"Você já observou o elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente seja grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.


Que mistério! Por que o elefante não foge?


Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.


Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.


Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.


Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas “que não podemos ter”, “que não podemos ser”, “que não vamos conseguir", simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos “nãos” que “a corrente da estaca” ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o “sempre foi assim”.


Poderia dizer que o fogo para nós seria: a perda de um emprego, doença de alguém próximo sem que tivéssemos dinheiro para fazer o tratamento, ou seja, algo muito grave que nos fizesse sair da zona de conforto.


A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes! Não espere que o seu "circo" pegue fogo para começar a se movimentar. Vá em frente!." Autor: Jorge Bucay (Livro: O Elefante Acorrentado).

 

Não se acostume com as correntes que você mesmo ou outros lhe impuseram.  As correntes são apresentadas de inúmeras formas:


a) O governo que nos sufoca com a imposição de impostos exorbitantes, com desvio de verbas que deveriam retornar em nosso benefício e por isso justificamos a falta de recursos;


b) A sociedade que impõe preconceitos e mesmo sabendo que não deveriam existir, permitimos que sirvam como barreiras para conquistar um sonho pessoal ou profissional; 
 

c) A família que nos vê como fracassados ou nos desincentiva com argumentos mesquinhos como "isso não é para o seu bico";


d) O gestor que boicota ou cria empecilhos para nosso desenvolvimento profissional, podando nossas oportunidades de ascensão na empresa, além de outras inúmeras situações.


Não fique preso a estas amarras, não se deixe acomodar e cuidado com a "zona de conforto", não espere uma dificuldade para rompê-las, faça já, mova-se!


Talvez você esteja deixando de contribuir significativamente com uma ideia, um projeto, um sonho adormecido que uma vez posto em prática, poderá transformar a sua realidade e até daqueles que um dia, o tinha como desacreditado.


Acredite em seu potencial e busque oportunidades onde possa utilizá-lo. Você é o único que pode provar que está certo, ninguém o fará em seu lugar. 
 

Tenha certeza que grandes nomes, profissionais hoje reconhecidos e referências de atitude, perseverança e sucesso, também enfrentaram estas correntes, mas transcenderam estes obstáculos e conquistaram seus sonhos que, como seres humanos que são, se renovam a cada momento.



Sergio Ferreira Pantaleão é Advogado, Administrador, responsável técnico pelo Guia Trabalhista e autor de obras na área trabalhista e Previdenciária.


Atualizado em 10/10/2017

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